Enquanto faço arrumações a preparar o tempo de pousio que já apetece, dou de caras com o link do meu blog de outrora.
Paro, e reparo no post tão velho e tão actual.
Olho através da vidraça,
passa gente e quando passa
os passos imprime e traça
na poeira do caminho
Lá vai a vizinha Conceição do coração grande e das mãos de fada. Filhas fadadas para um futuro promissor e tão longe de ver a luz ao fundo do tunel.
está bonito, está! Marilu recusa o fio que lhe enfio na agulha. Danadinha para me ver abrir-lhe o livro de instruções. Tem paciência, hoje não!
Vou sair, dar uma volta. Talvez resolva o diferendo com a panela de pressão, se encontrar na loja o cabeço que se quebrou. Tudo coisas no feminino, tudo a precisar de conserto. Pelo caminho continuarei a digerir o recuerdo...
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
sábado, 25 de outubro de 2008
« Hoje o destino foi a Tarouca: caves da Murganheira, convento da mesma, até Lamego; ponte romana fortificada.
Não imaginas as histórias que custamaacreditar deste país-de-anedota sobre a delapidação do património (cozinhas revestidas com azulejos do convento, capela beneditina curral de animais, pedras de altar-manjedoura and so on...)
Eu acreditei em todas, porque contadas por um carola apoiado em duas bengalas (meningite aos 3 anos) que o faz gratuitamente e por teimosia, pois foi até obrigado a assinar um termo de responsabilidade.
A capela do convento, a única que não está em ruínas, tem entre outras um quadro de Grão Vasco, um órgão único com uma figura de queixo móvel (para acompanhar os cânticos), um túmulo de quase 3 metros (era grande o indivíduo de quem agora não sei o nome, mas logo te digo...)
Parece que não tem havido dinheiro para preservar este património. Se não fosse este homem talvez estivesse hoje tudo em ruínas, ou nas casas de banho, jardins e fachadas dos locais. É a cultura ou a inducação que temos.»
Cousin Travelling Linor
(só os links são oferta aqui do alegrete)
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
gastar, gastar!
A conclusão a que se pode chegar diante do número de visitantes da Millionaire Fair, a primeira feira internacional para pessoas ricas realizada na Alemanha, é que, em plena crise financeira, os milionários frustrados estão gastando mais do que nunca.
"São os que estão decepcionados com seus assessores financeiros e com os bancos e viram desaparecer parte de seus fundos", por isto "estão decididos a gastar agora mais do que nunca"
A Alemanha é o cenário perfeito para uma feira deste tipo, se for considerado que só em Munique, capital da região mais rica do país, residem mais de 500 milionários.
O lema extra-oficial da feira neste momento, em que parece que o dinheiro não tem garantia nos bancos nem na bolsa, é que é melhor gastá-lo em um automóvel ou em algo "que se possa desfrutar durante os próximos dez anos" do que aplicá-lo em novas operações financeiras.
(excertos de Milionários gastam mais do que nunca... )
"São os que estão decepcionados com seus assessores financeiros e com os bancos e viram desaparecer parte de seus fundos", por isto "estão decididos a gastar agora mais do que nunca"
A Alemanha é o cenário perfeito para uma feira deste tipo, se for considerado que só em Munique, capital da região mais rica do país, residem mais de 500 milionários.
O lema extra-oficial da feira neste momento, em que parece que o dinheiro não tem garantia nos bancos nem na bolsa, é que é melhor gastá-lo em um automóvel ou em algo "que se possa desfrutar durante os próximos dez anos" do que aplicá-lo em novas operações financeiras.
(excertos de Milionários gastam mais do que nunca... )
domingo, 19 de outubro de 2008
fora com as compras!
Quando Samantha Weinberg decidiu desistir de comprar,comprar por razões éticas, mal ela imaginava a coincidência da chegada da crise de crédito global. Agora é uma opção que alguns podemos ter em conta.
No artigo do Guardian ela conta como tem sido e acaba assim:
Por curiosidade, googlei as botas Wellington, aqui.
"Rangi os dentes e escondi o cartão de crédito. Durante um ano não ia comprar nada que não fosse estritamente necessário."
No artigo do Guardian ela conta como tem sido e acaba assim:
"Não quer dizer que não volte a entrar numa loja nunca mais; vou é ser mais selectiva no que compro, quem o fez e de onde veio. Mal chegue 1 de Janeiro, vou estar á frente da bicha para comprar um par de botas Wellington novas."
Por curiosidade, googlei as botas Wellington, aqui.
Raul Solnado
Li a entrevista na Notícias Sábado, DN de ontem, e apeteceu-me 'ouvê-lo'. Lá está no google a bem-amada ida ao médico, mal empregada com aquele cartoon.
Raul Solnado é do meu tempo. Ali continua o single com a história o rato do campo e o rato da cidade (o gira discos quarentão avariado há canos!).
Fica o link da memória. Para quem achar graça à memória, claro!
e ficam umas alpistas para degustar:
ELE por ELE
IÉ-IÉ
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
bem dito!
sabe Deus que de McCain ou Obama tanto me faz. Diverte-me é ler coisas assim: 'isto de ir a um debate não é bem como ir a Fátima, buscar um milagre!'
Lido no Yahoo Notícias
Debates should not be confused with trips to Lourdes: Few miracles are dispensed.
Lido no Yahoo Notícias
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
um engano
que me deixou a pensar como é que um cego usa telemóvel.
Nunca se pensa quem está do outro lado do telemóvel. Eu não penso, acho. Até que ele toca, eu atendo. 'Não é o telemóvel do senhor Teixeira?' - 'Não, enganou-se... não, não tem importância... muito bom dia!'
Retoca o telemóvel. 'Enganei-me outra vez, desculpe!' - 'não tem importância', sorrio. - 'É que eu sou cego!'
Há sempre uma primeira vez para reparar em qualquer coisa. Afinal, ao telemóvel somos todos cegos. E todos nos enganamos a marcar, de vez em quando.
e fico a pensar nos cegos, enquanto encho o regador... vou ver se as ervilhas-de-cheiro já cresceram mais algum milímetro. A buganvília só agora é que começou a florir... aquela retardada!
Nunca se pensa quem está do outro lado do telemóvel. Eu não penso, acho. Até que ele toca, eu atendo. 'Não é o telemóvel do senhor Teixeira?' - 'Não, enganou-se... não, não tem importância... muito bom dia!'
Retoca o telemóvel. 'Enganei-me outra vez, desculpe!' - 'não tem importância', sorrio. - 'É que eu sou cego!'
Há sempre uma primeira vez para reparar em qualquer coisa. Afinal, ao telemóvel somos todos cegos. E todos nos enganamos a marcar, de vez em quando.
e fico a pensar nos cegos, enquanto encho o regador... vou ver se as ervilhas-de-cheiro já cresceram mais algum milímetro. A buganvília só agora é que começou a florir... aquela retardada!
terça-feira, 14 de outubro de 2008
fácil...
...se alguém julgar que o teu trabalho, afinal, é simples ou pouco, lembra-lhe esta história:
Quando disseram a Picasso, já velho, que os seus rabiscos de 45 segundos valiam uma fortuna, ele rectificou: 'Não me levam 45 segundos, levaram-me 82 anos'
Um bom 'post it' retirado do texto de Ferreira Fernandes na última página do DN de ontem.
Quando disseram a Picasso, já velho, que os seus rabiscos de 45 segundos valiam uma fortuna, ele rectificou: 'Não me levam 45 segundos, levaram-me 82 anos'
Um bom 'post it' retirado do texto de Ferreira Fernandes na última página do DN de ontem.
sábado, 11 de outubro de 2008
Lobo Crespo
e quereria o autor do livro estar à altura do seu leitor?!
No Jornal das Nove na SIC notícias, Mário Crespo era o leitor e António Lobo Antunes o autor. Para um o livro era presente, para o outro o livro era passado.
Publicado o livro, ele já não pertence ao escritor, que o libertou. Pertence ao leitor, que o agarrou e o fez seu...
O resultado da entrevista de Mário Crespo a António Lobo Antunes não podia ser mais fantástico.
O auto-proclamado 'português como todos os outros', que não sabe o que fazer com o fim de semana, abriu-se como um livro, ou como uma flor, tão naturalmente!
No Jornal das Nove na SIC notícias, Mário Crespo era o leitor e António Lobo Antunes o autor. Para um o livro era presente, para o outro o livro era passado.
Publicado o livro, ele já não pertence ao escritor, que o libertou. Pertence ao leitor, que o agarrou e o fez seu...
O resultado da entrevista de Mário Crespo a António Lobo Antunes não podia ser mais fantástico.
O auto-proclamado 'português como todos os outros', que não sabe o que fazer com o fim de semana, abriu-se como um livro, ou como uma flor, tão naturalmente!
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
à esquina
como se tivessemos encontro marcado no mercado à sexta, à esquina das hortaliças... mandamos uma boca para conquistar o sorriso da praxe. Por acaso a Ilma avia-se na banca ao lado da dona Rita, onde me avio eu para a semana. 'Não, batatas não preciso... ou antes, estas têm tão bom aspecto... sempre vou levar'
A lista de necessidades era bem pequena, mas o caddie veio de caruto. E ainda faltavam as azeitonas britadas.
A lista de necessidades era bem pequena, mas o caddie veio de caruto. E ainda faltavam as azeitonas britadas.
descolados
enquanto rego o alegrete e escuto os gritos de dor penso alguém devia ajudar aquela pessoa.
Não sei quem é, nem consigo adivinhar de que casa vem o ai! dorido. É assim nas cidades de apartamentos empilhados, de gente solitária.
Falta cola no tecido social.
Não sei quem é, nem consigo adivinhar de que casa vem o ai! dorido. É assim nas cidades de apartamentos empilhados, de gente solitária.
Falta cola no tecido social.
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
onde está a campainha?!
São dez e meia, tocou para o intervalo. Melhor, roncou para o intervalo. Na vizinha escola de S. Luís já não tocam a campainha, mas antes uma ronca semelhante à de um qualquer quartel de bombeiros.
Digo que me custa ouvir aquele som desagradável e grosso.Se há coisa que me incomoda na vizinhança é este alarme de desastre. Falta nesta escola a campainha tradicional.
Felizmente o som chilreante dos miúdos no recreio é o mesmo de sempre.
Digo que me custa ouvir aquele som desagradável e grosso.Se há coisa que me incomoda na vizinhança é este alarme de desastre. Falta nesta escola a campainha tradicional.
Felizmente o som chilreante dos miúdos no recreio é o mesmo de sempre.
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
queda de um mito
no DN de ontem, no mesmo sítio onde costumo ler com devoção Baptista Bastos, vem uma crónica de João Miguel Tavares que me encheu as medidas.
Quando descobrimos que os nossos heróis têm pés de barro é apenas um desgosto. A vida continua, mais pobre ou... mais sábia.
B.B., tão cru a falar dos outros (com razão e sem contemplações), não pode levar a mal que lhe apontem os seus próprios telhados de vidro.
Caíu o mito, ficou o Homem apenas. Ainda que se julgue invulgar e livre no seu país de amarras e tiranias pequeninas. Como Gulliver em Lilliput
Quando descobrimos que os nossos heróis têm pés de barro é apenas um desgosto. A vida continua, mais pobre ou... mais sábia.
B.B., tão cru a falar dos outros (com razão e sem contemplações), não pode levar a mal que lhe apontem os seus próprios telhados de vidro.
Caíu o mito, ficou o Homem apenas. Ainda que se julgue invulgar e livre no seu país de amarras e tiranias pequeninas. Como Gulliver em Lilliput
Subscrever:
Mensagens (Atom)