terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

23 anos já?!

Parece que foi ontem que morreu, ou há uma eternidade. O Zeca Afonso faz falta! O seu ser simples, próximo, pensativo


"Percorri algumas casas dos bairros limítrofes de Faro (...), os lugares mais baratos (...). Fui parar à casa da D. Maria, situada numa rua um pouco excêntrica e muito próxima do cais onde partem os barcos para a ilha..." "Foi uma fase de euforia extremamente gratificante e das coisas mais felizes da minha vida. Escrevi na altura 'Tenho barcos tenho remos', a propósito de um barco que utilizávamos. Nesse 'Barco do Diabo' fazíamos viagens fantásticas ou fantasmas (...) discutíamos pontos de vista vários. Tínhamos a mania de andar a pé até Olhão, até Quarteira e ainda mais longe."
"(...) e então fiquei extremamente impressionado com a colectividade: num local quase sem estruturas nenhumas com uma biblioteca de evidentes objectivos revolucionários, uma disciplina generalizada e aceite entre todos os membros, o que revelava já uma grande consciência e maturidade políticas".

de "Autobiografia"

post it: visitar a Associação José Afonso

2 comentários:

cereja disse...

Custa acreditar....
O tempo voa, de facto. parece ontem a última vez que o vi acampado na ilha de Armona.
Uma das penas de ter acabado o Populo é não poder deixar a referência que merece.

Inês disse...

Há dias assim, Emiéle. Dias de saudade de outros dias, em que o céu era mais azul e a alegria da esperança nos enchia o coração.

Lembrar o Zeca é reviver a alegria e a simplicidade. Guardá-las como coisa preciosa ou talismã.